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O Que Um Discípulo Espera de Seu Mestre


O Que Um Discípulo Espera de Seu Mestre
Aventureiros das Artes Marciais.
Lamentavelmente, a cada dia aumenta os números de aventureiros das Artes Marciais.
Entrar para uma academia... Preencher Formulário, tirar retratos. Tudo isso representa uma primeira etapa a vencer.
Uma vez matriculado vem a primeira aula, vislumbra-se em um mundo novo, onde a observação e a curiosidade associadas à leitura reflectiva, são pilastras básicas para o início da lapidação da massa informe que somos nós mesmos. 
O discípulo é como uma tenra criancinha que vem ao mundo e começa o seu aprendizado com o balbuciar das primeiras bases e logo adiante, na intensa observação e imitação do comportamento de seu Mestre. 
Começa, então, uma longa jornada onde a cada dia, paulatinamente, lições de vida e fagulhas filosóficas lhe são lançadas, durante o começo e ao longo de toda aula. Passam-se os primeiros meses; o discípulo já começa a criar “calo nas mãos” e sente que quer dar um passo a frente. Mas ainda não esta’ na hora, muito esforço físico e mental são necessários para que se possa dar o primeiro passo. Nesse momento é necessária a ajuda providencial dos alunos mais antigo do dōjō, para evitar que o DESÂNIMO e a DESCRENÇA façam dele suas moradas; ensinando-lhe “a posição correta do corpo” e “o modo mais eficaz de se praticar cada movimento”. Se isso não for feito, o discípulo começa então a conviver com a dúvida e a contestação; binômio causado pela falta de postura de alguns atletas de sua academia ou de outras academias, professores que na própria aplicação pessoal diz “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
O discípulo Tem em seus mestres o modelo “daquele mestre” que se lê nos livros; pois imagina que estes já estão ultra-polidos, já transpuseram os mais altos nível de treinamento e QUEM SABE? Muitos já navegam em águas profundas dos oceanos filosóficos. 
Sabemos que o Karatê é uma arte milenar que tem suas origens na névoa dos tempos. Será que foram estes Mestres de “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, Mestres que ensinam o Karatê simbólico, karate de pique tá (toques para marcar pontos) Será que foram esses Mestres que preservaram todos esses mananciais de sabedoria que a nós, ainda, chegou? Com toda certeza, podemos dizer que não! Deus encarregou-se e encarregar-se-á de separar o trigo do joio e, somente aqueles Mestres que suportaram e, ainda, suportam o peso da responsabilidade de ensinar o Karatê como Arte Marcial mostrando não só chutes e socos mais principalmente a filosofia e a eficiência dessa extraordinária Arte marcial serão os escolhidos para a perpetuação da ARTE REAL. 
Os Mestres de outrora eram detentores dos eternos conhecimentos e faziam um Karatê vivo onde os esplendores Dessa Ciência sobrepujavam os mais cépticos.
E agora? Que faremos nós Mestres modernos, para TENTAR, perpetuar este trabalho milenar? Sabendo que faltam homens da estirpe de um Sokon Matsumura, Kanga Sakukawa, Itoso,, Anko Asato, de um Funagoshi. 
Para isso acontecer, basta somente que cada um de nós seja mestre em toda a plenitude da palavra, procurando sempre a verdade praticando em Dōjō e principalmente fora dele, o verdadeiro Budô do Karatê. Se isso for feito! Teremos uma arte forte e sem contrastes, onde aqueles Mestres “faça o que eu digo, mas não façam o que eu faço”, mestres que ensinam karatê simbólico, karate de pontuação, com certeza esses mestres não acharão moradas em nossos Dōjō, pois serão consumidos pelos seus próprios discípulos que cedo ou tarde buscarão a verdadeira Arte Marcial.
Rogério Coelho.’.

 
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